Uma perda prematura e sentida. Partiu um escritor, poeta e jornalista que deixa o Pais e o Porto mais pobre. Deixa um vazio no quotidiano para quem sempre adorava - o termo exacto - ler as suas cronicas diárias certeiras, numa linguagem sublime e num recorte curto mas incisivo. As palavras escritas de um modo que só Manuel António Pina era capaz. Deixo de poder ler, enviar e partilhar as suas cronicas. Deixa um espaço impossível de ocupar no JN e o sentimento amargo de que nunca mais podemos ler as palavras lúcidas, coerentes e em frases curtas que nos enchiam a alma e o acreditar em valores que tanto afirmou em toda a dimensão da sua obra. Esta morte deixa um espaço vazio...Que solidão, numa partida amarga para todos, como eu, lia os seus livros e as suas cronicas com avidez. Aqueles pequenos e rigorosos textos eram mel de ternura e luta que nos faziam sempre ansiar pelo do amanha que agora não voltara... Morreu o escritor Manuel António Pina - JN