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A VIDA...

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" A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." - Albert Einstein. A vida tem de ser assim vivida e quem se esconde por detrás da cortina perderá a oportunidade de ver que o mundo não é preto e branco. Há pessoas que se escondem na sombra e fogem quando são descobertas na impureza do seu carácter. Estas pessoas imitam o cantar, fingem que choram, tropeçam a dançar e vivem dos esquemas e dos interesses que se se escondem na cortina, esquecendo que a verdade não pode ser escondida e a seriedade mitigada. Os valores que a vida nos deixa cultivar não podem ser apenas meras pinceladas de ocasião alimentadas pelos festas de Natal e viragem para o Novo Ano. Esses vivem da mentira, da aparência e da hipocrisia. A vida não permite ensaios e quem procura encenar o quotidiano esquece que o acto desnuda quem assim age. É tempo de mudar a atitude e viver a vida respe

A REFLEXÃO NO HORIZONTE

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" Os esconderijos são inúmeros, a salvação é só uma, mas possibilidades de salvação, por uma vez são tantas quantos os esconderijos - KAFKA - Aforismos Há quem não perceba que o horizonte é olhado em função da nossa perspectiva! Os horizontes escondem muitos pensamentos, mas não encobrem as atitudes. Na vida não nos podemos esconder atrás do espelho da incoerência e do dogmatismo, pois acabará por quebrar e rasgará a verdade que se encobre por detrás do horizonte. Os tempos são de muita incerteza, mas a vida vale pelos valores que perfilhamos, pela lealdade e transparência dos nossos actos. Não vale usar uma máscara, porque mais cedo do que se pensa, ela cairá e o rosto reflectirá no horizonte as mentiras escondidas, as coerências perdidas, os preconceitos incontidos e os esconderijos guardados. O horizonte é belo porque nos abre os esconderijos e mostra o lado importante da vida. O horizonte é a liberdade, é o aprofundar dos sentimentos nobres da vida familiar, social e politi

30 anos depois !..

Os 30 anos da morte de Sá Carneiro trazem à memória o carácter, a verticalidade e capacidade politica dos homens, independentemente, das suas opções ideológicas. Sá Carneiro, como também, Amaro da Costa marcaram um tempo da nossa história que não pode ser ignorada. As minhas palavras são apenas um mero registo de que a envergadura dos democratas se mede pela força das suas convicções. Sá Carneiro tinha essa força que nos deixa com a nostalgia de um homem que lutou pela liberdade na ditadura e que na democracia afirmou um projecto politico nacional que nem sempre respeitou, na minha humilde opinião, a sua memória. Ao invocar os 30 anos do desaparecimento físico de Sá Carneiro retenho uma consideração de André Gide " Não se lisonjeia mais as pessoas do que o interesse que se presta ou se parece prestar aquilo que dizem " . ´Ler e reler muitas as suas entrevistas, discursos e intervenções é fundamental para se compreender o homem, o politico e a época em que agia. Nada pode se

O HÁBITO FAZ O MONGE...

" Não se liberta um hábito atirando-o pela janela; é preciso fazê-lo descer a escada, degrau a degrau " - MARK TWAIN Não se pode pedir a quem tem o hábito de mentir politicamente para descer desse grau porque já está na natureza do seu ser. O País tem sido enganado porque quem nunca descerá a escada da humilde. Nem o sequer o erro atira pela janela porque o é incapaz de reconhecer, Assistimos nos últimos dias a cenas de um fim anunciado com a envolvência do mais alto magistrado do País e com todos os politólogos a discursar no mesmo sentido. Chega a ser repelente a repetição da dança dos comentadores (sempre os mesmos) pelos vários órgãos de comunicação social. O País não se esgota e ainda bem na dúzia de fazedores de opinião que dominam o nosso auditório informativo e que também influenciam o seu rum0. A realidade é o que é e nem sempre somos capazes de compreender os sentidos e sinais dessa mesma realidade. A situação é difícil mas expande-se o consumo de bens de luxo, va

HÁ COISAS QUE NÃO VOLTAM ATRÁS ...

" Há três coisas que não voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade desperdiçada" - Proverbio Chinês Neste novo fulgor após férias e um período de menos intensidade na blogosfera não deixo de retomar algumas reflexões soltas sobre o meu pensamento em relação aos mais diversos temas. Há acontecimentos que não voltam atrás mas importa ter presente que os factos provam que as palavras pronunciadas foram certeiras e ajustadas pois muitos perderam no tempo a oportunidade de mudar e agir. O nosso País passa por momentos difíceis e por rupturas artificialmente provocadas por interesses conjunturais e de conveniência pouco importando se poderão estar a perder a oportunidade de responder de outro modo aos desafios presentes. Sou daqueles que cada vez mais se depara com sentimentos e opiniões transversalmente coincidentes sobre o diagnóstico da situação actual e até das medidas imediatas e futuras a tomar. Importa reter que estas minhas divagações são

O ERRO !...

" O adiamento é preferível ao erro" - Thomas Jefferson Neste período de Férias os acontecimentos políticos não deixaram de fervilhar embora num clima menos intenso. O projecto de revisão Constitucional do PSD, os fogos e as Presidenciais foram matérias que alimentaram o clima de Verão. No que concerne às Presidenciais foi anunciado mais um candidato. No espectro politico da esquerda perfilam-se um conjunto de candidatos com base em pressupostos e critérios diferentes, projectos contraditórios e apoios de natureza diversa. Apenas um Partido tem candidato próprio. A direita tem o candidato natural Cavaco Silva que na sua condição de Presidente da República procura sustentar e até alargar o espaço eleitoral a outros sectores. A nossa Constituição define objectivamente os poderes do Presidente da República e há um equilíbrio de poderes que considero ajustado à nossa realidade e que se fundamenta em razões históricas e politicas de difícil contestação. No quadro actual os home

Notas Breves !

Assisti, no dia 2 de Julho, no Auditório da Quinta da Caverneira à apresentação das "Cenas de Shakespeare" pelos alunos de 2010 da Oficina de Teatro da Maia. Foi uma apresentação interessante que demonstra o empenho e o trabalho desenvolvido em prol da promoção do Teatro como uma das componentes vitais da Cultura. A participação intergeracional na peça não pode deixar de ser relevada a par do esforço de apresentação subjacente à qualidade evidenciada em alguns momentos e cenas. Fica o registo de um trabalho meritório do Teatro Art'Imagem, das Oficinas de Teatro e do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia. Esta acção não deixa de ser uma referência para muitos que tratam o Teatro como parente pobre da Cultura e confirma a atenção dada pela Pelouro da Cultura da Maia na acção, formação, divulgação e promoção das várias vertentes culturais. Foi gratificante assistir a mais um trabalho Teatral que a todos dignifica. Visitei no decorrer da semana finda a sempre importa

A IMORTALIDADE DA OBRA DE SARAMAGO !

"Nós não somos aquilo que pensamos ser, mas sim aquilo que efectivamente pensamos..." - Willian James (o filosofo/psicólogo) As letras e a cultura ficaram mais pobres...A morte levou o Homem (Saramago) e o muito que ainda nos podia deixar através da escrita. Fica a obra e o pensamento que são eternos. Quem não honra o Nobel e quem não respeita a sua obra reconhecida mundialmente demonstra mesquinhez medíocre e inaceitável sedimentada com fortes doses de ignorância e preconceito. Há comportamentos que valem, negativamente, mais do que as palavras. Quem é incapaz de marcar presença na morte do único Nobel da Literatura em Língua Portuguesa não merece o voto dos homens cultos deste País. Felizmente que haverá alternativas - independentemente do posicionamento ideológico - que tem pela Cultura atitudes de nobreza e agradecimento. Há, também, Homens e Mulheres que olham para Saramago como um dos maiores escritores nacionais e mundiais e o reconhecem como o maior embaixador da Líng

FRAGMENTOS DO PASSADO !....

"Os esconderijos são inúmeros, a salvação é só uma, mas possibilidades de salvação, por uma só vez são tantos quantos os esconderijos"- KAFKA - Aforismos Iniciei a publicação de alguns escritos e intervenções minhas - algumas já com alguns anos - que podem ser interpretadas à luz da realidade de hoje. Em 1991 abordei no quadro de uma determinada reunião alargada o papel da acção politica junto das populações. Deixo apenas fragmentos muito breves e dispersos de uma intervenção de cerca de 12 minutos. " É, necessário valorizar todas as formas de acção e intervenção junto das populações. Como existe uma conexão indissolúvel e uma dependência mutua entre os aspectos positivos das coisas e os fenómenos, não podemos ignorar esta interligação. Não se pode chegar ao despautério de se criticar sem olhar para o nosso ego. É, preciso ter a humildade de honorificar o trabalho realizado, porque por vezes não se lobriga, mas está condensado em múltiplas acções. A autognose é importan

AS LEMBRANÇAS.

" AS LEMBRANÇAS ME SURGEM VELOZES COMO NUVENS" - MIA COUTO Vivemos momentos difíceis cheios de incertezas e lembro as promessas de alguns políticos . Lembro-me das certezas dadas de que não haveria aumento de impostos e que seriam adoptadas medidas para a diminuição das desigualdades. Lembro-me das promessas feitas e não cumpridas. Lembro-me das palavras de esperança que a realidade desmente. Lembro-me dos ataques dos especuladores bolsistas e da falta de coragem para os denunciar e combater. Lembro-me, também de muitas medidas erradas e de muitas reivindicações escusadas. Lembro dos responsáveis do estado a que chegou o País e o seu descaramento para agora apresentarem soluções. Lembro-me daqueles que receitaram remédios errados que só pioraram a doença económica do País e que agora descobriram um antídoto milagreiro. Estamos na encruzilhada, mas não podemos aceitar que sejam sempre os mesmos a pagar. Lembro e trago à memória que é preciso retomar o caminho da esperança

A PERESTROIKA 1990 !

Ponderei, mas decidi transcrever partes de um artigo de opinião que escrevi em 12.03.1990 no histórico, inesquecível e já desaparecido "Diário de Lisboa". Com as devidas dimensões históricas o artigo reflecte a minha opinião sobre o totalitarismo e suas consequências. Apenas transporto para o blog pequenas partes do texto. "...Considero que a "Perestroika" é um processo de reestruturação da sociedade em que se relevam potencialidades do Socialismo e se afirma a vertente humanista. A "Perestroika" e a "Glasnot" demonstram que um sistema que cometeu graves erros, deformações e desvios teve forças suficientes para reconhecer as suas culpas e encontrar forças para as corrigir. É evidente que o "poder corrompe" e se as regras da democracia socialista não funcionarem o sistema poderá transformar-se num Estado totalitário. Eu sou dos que acreditam na "perestroika" como um percurso contra os crimes cometidos em nome do socialism

O quotidiano e o caracter Humano ...

"As pessoas duras, pouco flexíveis, arrogantes, impositivas...costumam ter muitas dificuldades em ser empáticas, em entender o que se passa com os que estão à sua volta. Perderam a capacidade de observação e com ela a capacidade de compreensão " - Maria Jesus Alava Reyes. No quotidiano procuro manter sempre um espírito aberto, tolerante e de dialogo com todos. As pessoas estão sempre no centro das minhas preocupações. Na minha vida procuro erguer pontes e construir laços, sem prejuízo das minhas convicções e princípios. Por razões profissionais, ouço diariamente muitas pessoas e procuro ser a ponte para a solução e não para o problema. Mas, reconheço que nem sempre é possível dar razão ou sustentar as opiniões da outra pessoa. Não é fácil responder sempre positivamente ás duvidas, incertezas, solicitações e, quantas vezes, exigências. Este transluzir através do quotidiano serve de mote para um acontecimento recente que demonstra ao nível que chegou a nossa sociedade: - a into

Os comportamentos !...

" A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos" - MAHTMA GANDHI. A vida quotidiana dá-nos lições sobre o comportamento humano e a sua forma de relacionamento. Há quem viva de verdades absolutas, de certezas incontestáveis e cuja a sua relação com os outros seja meramente instrumental. Na politica há quem use as pessoas de forma intolerante para determinados fins, descartando-as se mesmas não contribuírem para esse peditório. A verdade e a tolerância mutua nem sempre acompanha os procedimentos e actos de alguns. Há quem procure e afirme ser diferente,mas na prática não deixa de utilizar os mesmos métodos. A vida só tem valor se soubermos o que é o respeito mutuo nas palavras e nos actos. Eu, sou daqueles que acredito nos valores da tolerância, da verdade e do respeito mútuo e, assim, percorrerei o meu caminho em todos os ângulos da vida, incluindo, n

A mentira.!...

"... porque aqueles que perdem ficam com uma ideia errada do que aconteceu e os vencedores, esses, mentem sempre tanto." - ERNEST HEMINGWAY Esta frase de Hemingway tem muita actualidade e aplicação a muitos dos acontecimentos políticos que vivemos. Cada um que a interprete como entender. Eu, por mim, fico com a certeza que a mentira corrompe o nosso tecido democrático e é transversal a vencedores e a muitos vencidos. A transparência, a lealdade e sinceridade estão ausentes em muitos procedimentos e actos da acção politica e da vida humana. Mas, não considero esta realidade inevitável. A chávena há-de dar a volta ao pires...O homem que luta tem de ser " persistente como uma trepadeira húmida" - JOHN FANTE

É VIDA...!

" A grande descoberta da nossa geração foi a de que, alterando os aspectos intrínsecos à nossa forma de pensar, poderíamos alterar os aspectos extrínsecos das nossas vidas. " - Filosofo/Psicólogo - William James. Os portugueses costumam face acontecimentos adversos afirmar: é vida. A geração juvenil que viveu o 25 de Abril nunca se resignou e moldou o seu pensamento na liberdade e democracia. O Mundo e o País mudaram e o nosso pensamento foi evoluindo e as nossas vidas tiveram e têm outro sentido. Há no entanto quem não vá à descoberta de novas formas de viver, lutar e transformar o Mundo. O pensamento livre não deve ser passivo nem apenas reactivo tem de analisar, comparar e estudar os acontecimentos para os interpretar não deixando que tudo seja fruto do acaso. A vida pode ser construída, moldada e transformada pelo homem. A resignação é comodista e derrotista. Estas palavras soltas são uma mera reflexão de quem não se resigna, mas também não cede ao dogmatismo e ao

A DOR NA MADEIRA !...

É IMPOSSÍVEL PARA UM HOMEM APRENDER AQUILO QUE ELE ACHA QUE JÁ SABE" - EPÍTETO A tragédia da Madeira não pode deixar ninguém indiferente. A dor e a morte marcou esta bonita ilha e este povo que vive sob a égide de alguém que se julga um ser superior. Foram as famílias mais pobres, das zonas menos desenvolvidas e os pequenos comerciantes os que mais sofreram com as enxurradas monstruosas que se abateram pela ilha. Mas há quem em vez de curar a dor e as feridas já pense em Festas; há quem queira esconder os seus próprios erros; há quem procure silenciar as vozes qualificadas( Geógrafos, ambientalistas e outras) chegando à desfaçatez de os desconsiderar e há quem pretenda esquecer os relatórios que recomendavam medidas que minorassem a catástrofe que sucedeu. A onda de solidariedade, a dinâmica de reconstrução e o espírito de olhar o futuro respeitando os mortos e as famílias são aspectos que unem os Portugueses e o Mundo. Mas há quem tenha que aprender com os seus erros e reflectir

A humildade !...

"...Não aspiro a ser tão simples como os meus camaradas e tão persistente e invencível como eles. Nunca aprendemos o bastante de humildade...Nunca me ensinou nada o orgulho individualista." - PABLO NERUDA Apenas uma simples anotação A vida ensina-nos que há frases sublimes que tem correspondência com o real. Este registo de Pablo Neruda não necessita de mais comentários.
"Não aceito nem recuso nada de modo absoluto, mas consulto sempre as circunstâncias" - CONFÚCIO A vida e as circunstâncias ensinam que temos de perceber que não vivemos num Mundo idílico nem a preto e branco. Há muitos valores que defendemos e muitos ideais porque lutamos que nem sempre correspondem só ao espaço em que intervimos. Muitos pela sua natureza e pelo tipo de pratica que adoptam seriam déspotas se um dia tivessem o poder, já que no seu meio e apenas com pequenos poderes movem-se em torno de interesses de grupo. Estes na sua mediocridade intelectual ou falta de seriedade apenas se limitam agir para destruir e denegrir usando por vezes um estilo tribal onde a mentira predomina. Sinto cada vez mais que muitos sistemas falharam e se tornaram máquinas de destruição mental porque essa era a única forma de sobreviverem e manterem o sistema que os alimentava. Estas meras divagações tem um sentido: - nada há mais valioso do que a verdade e nada mais solidifica a l