HÁ COISAS QUE NÃO VOLTAM ATRÁS ...

" Há três coisas que não voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade desperdiçada" - Proverbio Chinês
Neste novo fulgor após férias e um período de menos intensidade na blogosfera não deixo de retomar algumas reflexões soltas sobre o meu pensamento em relação aos mais diversos temas. Há acontecimentos que não voltam atrás mas importa ter presente que os factos provam que as palavras pronunciadas foram certeiras e ajustadas pois muitos perderam no tempo a oportunidade de mudar e agir.
O nosso País passa por momentos difíceis e por rupturas artificialmente provocadas por interesses conjunturais e de conveniência pouco importando se poderão estar a perder a oportunidade de responder de outro modo aos desafios presentes.
Sou daqueles que cada vez mais se depara com sentimentos e opiniões transversalmente coincidentes sobre o diagnóstico da situação actual e até das medidas imediatas e futuras a tomar.
Importa reter que estas minhas divagações são fruto de muitos anos de experiência activa na vida politica e social e que aprendeu que os homens e seus procedimentos estão muito para além da ideologia. Muitos perfilham ideias aparentemente nobres e justas mas dados os seus procedimentos, comportamentos e atitudes internas e de relacionamento se tomassem o poder seriam uns tiranos como conhecemos muitos ao longo da história passada, recente e actual. Muitas dos pensamentos e reflexões que pronunciei sobre acontecimentos que vivi no ano findo provam que as quebras de lealdade, verticalidade e solidariedade são produtos de concepções totalitárias de poder e não só ao nível da acção externa mas essencialmente interna. Hoje a mediocridade campeã em alguns sítios e locais e há muitos que apenas se importam com o sucesso - nem que isso traga custos - não com os princípios por muito que batam no peito a proclamá-los.
Não há um homem novo, há homens que precisam de cultivar o homem livre que respeite os direitos dos outros em todas as suas vertentes.
As lições do passado ensinam que podemos ter um papel activo no futuro com outras solidariedades mais fortes e duradouras.
Os registos de amizade, simpatia e vontade de fazer algo de novo em prol da comunidade diz-nos que há muitos espaços de intervenção por preencher e muitos laços para amarrar e solidificar no futuro. As janelas estão abertas porque a flecha do passado já não tem nem interessa que tenha retorno. A palavra desde que justa e leal fica e as oportunidades podem ser encontradas noutros espaços com protagonistas verticais e de corpo inteiro que apenas querem o bem da comunidade e não se amarram a conceitos estreitos, fechados e ultrapassados. Divaguei no tempo e nos factos, o texto perdeu estrutura, mas não o sentido das coisas. Cada um que o interprete como quiser mas fica-me a alegria de saber que a politica feita com verdade, respeito e lealdade cria e abre amizades que ultrapassam as nossas fronteiras. Este é sempre um bom registo para uma reflexão mais apurada. Por aqui me fico por hoje...

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