30 anos depois !..

Os 30 anos da morte de Sá Carneiro trazem à memória o carácter, a verticalidade e capacidade politica dos homens, independentemente, das suas opções ideológicas. Sá Carneiro, como também, Amaro da Costa marcaram um tempo da nossa história que não pode ser ignorada. As minhas palavras são apenas um mero registo de que a envergadura dos democratas se mede pela força das suas convicções. Sá Carneiro tinha essa força que nos deixa com a nostalgia de um homem que lutou pela liberdade na ditadura e que na democracia afirmou um projecto politico nacional que nem sempre respeitou, na minha humilde opinião, a sua memória.
Ao invocar os 30 anos do desaparecimento físico de Sá Carneiro retenho uma consideração de André Gide " Não se lisonjeia mais as pessoas do que o interesse que se presta ou se parece prestar aquilo que dizem" . ´Ler e reler muitas as suas entrevistas, discursos e intervenções é fundamental para se compreender o homem, o politico e a época em que agia. Nada pode ser mais lisonjeiro para a memória e grandeza de um homem que prestar atenção aquilo que disse e comparar o que muitos dizem invocando o seu nome.
Dizer-se que o País, se Sá Carneiro não tivesse morrido, podia ser desta ou daquela forma, ter percorrido este ou aquele caminho faz parte da fantasia e da especulação politica. O que importa é o que foi, o seu legado e as visões que tinha sobre Portugal e o futuro. Serão estes os registos que cada um terá de estudar e analisar enquadrando-os numa época de um forte e apaixonante luta ideológica.

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