PALAVRAS SOLTAS EM TRES ACTO !...

"É aquilo que fazemos do que temos, e não o que nos foi dado, que distingue uma pessoa de outra" - Nelson Mandela.

1. Acto

Há pessoas que na vida se comportam com falsas modestias, com sentido de oportunismo, à procura dos erros para justificar os seus fracassos, que se movem por taticismos e não pelo rigor, que se movem em areias movediças e não em terrenos abertos, que procuram o conflito para fugir ao dialogo, que procuram a intriga para esconder os seus procedimentos de sanguessuga. Eu sou daqueles que faço aquilo do que tenho e não atiro pedras para esconder a mão. A verdade, a lisura de processos, a transparencia e a frontalidade são procedimentos que motivam a minha maneira de estar e lidar com os outros. E, esse devia ser o comportamento humano. Mas na vida social e politica muitos apenas propagandeam ideias de solidariedade, fraternidade e  justiça mas na prática movem-se por actos que contrariam os valores que dizem lutar porque tudo serve para atingir os seus fins. Estas minhas palavras são divagações ao vento em face do que constato no quotidiano e no comportamento daqueles  que deixaram os valores humanos de esquerda  na sola do chinelo. Há muitos que deixam de acreditar nos Partidos de uma forma geral porque  constituídos, embora,  com base num projecto e ideias (uma ideologia) mas também o são por pessoas que trazem muito do negativo para o seu seio. E há sem duvida muitos espaços de intervenção e de cidadania que são livres e plurais e não são condicionados pelos espartilhos que condicionam a vida politica partidária e daqueles que os transportam para os espaços sociais onde se agitam...

A reflexão continuará no futuro !

2. Acto

Li o discurso de Helmut Schmidt no Congresso do SPD, 4 Dezembro de 2011, em Berlim e retive as seguintes frases que deixo à analise de cada um.`

" ´Nós os alemães, também não conseguimos sozinhos a reconstrução e capacidade de produção nos últimos 6 decénios. Elas não teriam sido possíveis sem a ajuda das potências vencedoras ocidentais, sem a nossa inclusão na comunidade europeia e na aliança atlântica, sem a ajuda dos nossos vizinhos....Nós, alemães, temos razões para estarmos gratos. E simultâneamente temos a obrigação de nos mostrarmos dignos da solidariedade com os nossos vizinhos."

"Um isolamento no espaço da EU ou da zona euro seria ainda mais perigoso. Para mim, este interesse da Alemanha ocupa um lugar inequivocamente mais importante do que qualquer interesse tatico de todos, os partidos políticos..."

"...o principio da subsidiariedade aquilo que um estado não pode ou não consegue  resolver, tem de ser assumido pela UE."

".... os Estados membros da zona euro deveriam impor uma regulação enérgica do seu mercado financeiro comum."

"...É tempo de resistir. Se os europeus conseguirem ter a coragem e a força para uma regulação eficaz dos mercados financeiros, então podemos no médio prazo tornarmo-nos numa zona de estabilidade. Mas se falharmos, então o peso da Europa continuará a diminuir- e o  mundo evolui na direcção de um Duovirato entre Washington e Pequim."

3. Acto

 Há um Governo que apenas tem no seu vocabulário flexibilizar, despedir e diminuir e não consegue falar em contratar, proteger e crescer...Temos um Governo medíocre e que tem apenas olhos para o sector financeiro e a "Dama Alemã" e não gosta de trabalhadores e detesta os desprotegidos. Só nos resta a indignação e a luta.