Há 11 anos (13 de Junho de 2005) faleceu Álvaro Cunhal.

Estive no último adeus a um lutador antifascista, a uma figura incontornável da nossa história, a um comunista vertical e humanista que decorria do seu próprio relacionamento com os outros!

Aprendi, humildemente, com ele a nunca negar os princípios e os valores, mesmo quando se percorre caminhos ou se tomam opções dolorosas, nem sempre compreendidas.

Somos seres humanos que erramos e os revolucionários também erram embora alguns chegados a determinados lugares pensam que não! Ficam para sempre os valores porque lutou e acreditou sem nunca virar a cara à luta e à beleza da vida.

A minha melhor e simples homenagem é citar duas considerações de Álvaro Cunhal (que muitos não praticam porque nem sequer tem preparação moral e ideológica para tal) de que gosto muito.

                                             ÁLVARO CUNHAL

 “ O nosso ideal…È a liberdade de pensar, de escrever, de afirmar, de criar. É o direito à verdade”.

“E, quando se fala em ouvir, não se trata apenas de ouvir num gesto formal, protocolar e condescendente. Não se trata de receber passivamente e registar por obrigação o que os outros dizem. Trata-se de conhecer, de aproveitar e de aprender com a informação, a opinião e a experiência dos outros. Trata-se eventualmente de modificar ou rectificar a opinião própria em função dessa informação, opinião e experiência” – do livro “ O Partido com paredes de vidro”.

Espero, sem grande expectativa, que os canais de informação do sistema se refiram à memória de Álvaro Cunhal. Como diz o povo “fico sentado para ver”

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