PENSAMENTO DO DIA!
1º de Maio de festa e Luta!
A propósito da abertura provocatória e vergonhosa
dos hipermercados no 1º de Maio com campanhas de aliciamento de consumo à
mistura respiguei partes de um texto que escrevi em 2009 com o Titulo “ Há Famílias…E
Famílias!”, embora datado no tempo, considero pertinente sem prejuízo da sua
necessária contextualização
(…)
Há aquelas que promovem a imagem mas
esquecem a substancia.
Há aquelas que dizem praticar determinados
actos e no seu quotidiano comportam-se de forma diversa.
Há aquelas que "vendem" um
produto aparentemente bom mas podre e oco por dentro.
Há aquelas que a vida sorri mas se
esquecem dos outros que os rodeiam e que lhes dão a força para sorrir.
Há aquelas que são donas de empresas e que
alimentam o património e enriquecem à custa da prática de baixos salários,
do aumento e desregulação de horários de trabalho, incumprimento das normas de
protecção na parentalidade (…)
Há famílias...e famílias...
O JM patrão dos baixos salários, dos
horários desregulados e do incumprimento de normas legais e contratuais não
pode apagar esta factual realidade com a propaganda e os milhões que gasta em
publicidade.
Não se podem silenciar as dezenas de
processos movidos ao Grupo Jerónimo Martins por violação de direitos sobre as
matérias desde salários, categorias profissionais, acidentes de trabalho,
horários de trabalho, enfim, um interminável rol de graves e incontestáveis
atentados aos direitos individuais e colectivos dos trabalhadores (…)
Sem duvida há famílias...e famílias!
A propaganda não cala os factos mesmo que
eles não sejam públicos dados os milhões que o Grupo Jerónimo Martins paga às
empresas de Comunicação e Informação.
Há famílias,
"lá isso há" que apenas se preocupam com o seu Império e o que lhe sirva de instrumento para o domínio do
poder político e económico (...)
Acrescento hoje:
A abertura no 1º de Maio e as campanhas mediáticas
agressivas de consumo são a prova de que este Grupo económico como muitos
outros não respeitam os mais elementares direitos dos trabalhadores,
nomeadamente, de festejarem, comemorarem e lutarem no dia que é seu! O capital
mostra as suas garras, os trabalhadores a sua arma (greve) e os consumidores o dever
(não fazer compras no 1º de Maio)! Mas ainda há um caminho longo a percorrer. A
proibição da abertura no 1º de Maio destes gigantes económicos que sugam
trabalhadores e consumidores tem de ser reconquistado!
Maia, 01.05.2018
António Neto
Comentários