Pensamento do dia
Cito algumas declarações da entrevista ao Jornal "Expresso" de um Pardalão, que anda a tratar da vidinha usando as justas reivindicações dos motoristas de matérias perigosas. Reivindicações que sempre foram defendidas pela FECTRANS/CGTP..
O empresário (algumas das empresas foram declaradas insolventes) , advogado barriga de alguns sindicatozinhos, anticomunista e agora candidato do PDR/Marinho Pinto, teve infelizmente a alimentá-lo politicamente e de forma oportunista alguns que se dizem de esquerda.
Algumas declarações:
- "Não me identifico com a ideologia do PCP. Não sou contra as empresas....";
- "Até 2017 posicionei-me no universo das empresas. Sou empresário, já tive empresas que faliram, tenho outras que continuam a existir... Na área da saúde, medicina, outras áreas" ;
- "Estou ligado a oito ou nove Sindicatos. Alguns não posso dizer quais são, pelo que aconteceu ao Sindicato dos Vigilantes e Seguranças de Portugal. Esse sindicato está há três meses para ser constituído e ainda não foi porque eu serei o seu representante jurídico';
-".. a Fectrans, afecta à CGTP/IN e ao PCP, afinal esteve mal no meio disto tudo"

A entrevista deste Pardal diz tudo sobre o que o move. Comprova de que não estamos perante novas realidades do sindicalismo. mas em face de procedimentos e comportamentos preocupantes, de mercenários, com o único intuito de denegrir o sindicalismo de classe (CGTP/IN), atacar o PCP e abrir as portas a alterações (inaceitáveis) ao actual regime legal da Greve.
A FECTRANS/CGTP representa a maioria dos trabalhadores e defende os seus interesses.
Não é afecta ao PCP, mas filiada na CGTP e os seus afectos são com os interesses e reivindicações daqueles que os elegem nos Sindicatos e locais de trabalho. Os comunistas são uma parte importante de um grande colectivo de dirigentes e delegados sindicais que constituem a CGTP., mas quem define as suas orientações e lutas são os trabalhadores.

Os pardais deste País têm a lição bem estudada, mas alguns andam a embalar a ideia de que há novas formas de sindicalismo.
Dividir., confundir e baralhar de novo são práticas de todos aqueles que sabem que a CGTP/IN é a maior força organizada dos trabalhadores e que procura sempre quer nos conteúdos organizativos quer programáticos corresponder às novas realidades nos locais de trabalho e sectores.
A velha mas com outras roupagens ideia que é preciso partir a espinha à CGTP (infelizmente com a cumplicidade de alguns). Não o conseguirão.
Maia,24.08.2019
António Neto

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