Fragmentos de um texto que publiquei alguns anos com o título:
 “ O Homem e a Realidade

"Dizem que sempre o tempo muda as coisas,
mas na realidade somos nós próprios quem
tem de as mudar" - Andy Warhol

Os princípios que nos movem não podem ser calcados por quem tem da vida uma visão calculista, egoísta e egocêntrica.

O Mundo pula e avança e os homens são os motores dessa transformação. A afectividade e solidariedade são determinantes na condução da locomotiva da vida e da luta humana. Há que olhar o mundo e há que viver o mundo para o compreender e responder de forma adequada à realidade para a mudar.

Há quem veja nas pessoas algo de instrumental despidas de sentimentos, que actue sob um coração de pedra, use e repita frases feitas para se afirmar e impor aos demais.

(…) Use o seu pequeno poder efémero com arrogância e autoritarismo para esconder fragilidades e o oportunismo.

Os "pequenos ditadores" foram e são sempre aqueles que partem de verdades absolutas, de certezas irrefutáveis, de visões fechadas e de repetição de frases e opiniões deslocadas no tempo e da realidade!

(…) Há quem seja determinista em atingir os fins não olhando aos meios, desde que a sua visão e o domine o espaço, demolindo os valores da fraternidade, da solidariedade e da amizade.
A nossa vida tem de ser realizada com paixão mas elevação, com afirmação mas solidariedade, com firmeza mas com sentimentos.

Há, no entanto, quem só tenha por objectivo minar, atacar, destruir e dominar. Este tipo de pessoas não dá espaço à liberdade e reflexão. A visão do mundo é a sua, a luta que travam é a sua, as afirmações que fazem são viradas para o eu (…)

A amizade, a fraternidade, a solidariedade alicerçadas em espaços de reflexão e liberdade são as linhas condutoras da minha vida pessoal, mas também da minha vida política, social e profissional. Por isso tenho amigos que ultrapassam todas as barreiras e fronteiras e tenho orgulho que seja assim...


Mas há quem esteja condenado na história do tempo porque se fecharam na sua concha e olhem o mundo pelo seu umbigo tapado pela roupa que escolhem. Enfim são o bafio e o bolor dispensáveis no meio que ocupam e dirigem pensando que tudo é eterno…
Maia,08.02.2020
António Neto

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