NOTA DO DIA.

As percentagens de desempregados, no terceiro trimestre, no tempo do Governo da direita (PSD/CDS) do empobrecimento e serviçal da troika:
2012 – 15,2%
2013 – 15,6%
2014 – 13,1%
Depois de uma crise provocada pela pandemia a percentagem de desempregados no terceiro trimestre de 2021 foi de 6,1%.
Dados que falam por si.
Nas eleições legislativas de 30 de Janeiro de 2022 temos de votar contra a direita e contra os Partidos que abram as portas ao Bloco central de interesses. Há que dar força à esquerda para impedir retrocessos.

PENSAMENTO DO DIA

Publico partes de um texto que escrevi, já algum tempo, que considero actual. Uma reflexão pessoal. Cada um que retire as suas ilações.
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“ Quero viver num mundo em que os seres sejam simplesmente humanos, sem mais títulos além desse, sem trazerem na cabeça uma regra, uma palavra rígida, um rotulo” – “Confesso que Vivi” – Pablo Neruda
A vida politica e social em todas as suas dimensões dá - nos muitas lições sobre os seres e do que são capazes, aqueles, que chegando a determinado patamar de responsabilidades (politicas, sociais e sindicais) em face da sua matriz comportamental oportunista! A humildade aparente dilui-se na arrogância e na prepotência. O aprender deixa de ser uma necessidade. O compreender deixa de ser uma obrigação. O respeitar deixa de ser um dever. O solidarizar-se desapareceu do seu léxico vivencial.
São assim alguns que eu conheço! Muitos deles, ainda agora, chegaram a estas lides já se colocam em bicos de pés! No quadro das suas contradições julgam que conseguem esconder o que são, negar o seu comportamento, a sua falta de lealdade, de rigor, de seriedade, de frontalidade e de verdade.
Seres que não são humanos e que utilizam os órgãos ou sítios onde estão não para servir, mas para se promoverem, retirar benesses, julgando -se donos do espaço que, momentânea e efemeramente, dirigem!
Há quem procure os rótulos e o poder, sem valor para isso, não sendo capazes de compreender que esse estatuto não lhe dá o direito a espezinhar o outro. Chegam a um dado lugar já querem ser mais do que os outros, auferir mais do que os outros procurando arrogante e prepotentemente, equiparar – se, sem respeitar as diferenças, saberes, conhecimentos e competências para usufruírem, apenas, e tão são de “estatuto” e benefícios materiais. Este tipo de pessoas com quem lidamos enojam, mesmo que tenhamos de as tolerar, conviver com elas e trabalhar com elas.
Estão nesses lugares não por convicção mas por interesse, não por direito mas por mero calculismo, não por humildade mas pelo poder e por estados de necessidade diversos que a luta e a vida desnudará, por vezes, quando menos esperamos e em momentos incertos.
Deslizei nas palavras porque muitos que eu conheço (não tem fronteiras politicas e ideológicas) não são seres simplesmente humanos, trazem na cabeça muitos rótulos, verdades absolutas, a sua verdade (sem por vezes aferir lealmente com outro a sua veracidade – está-lhe na matriz comportamental, ser assim, desonestos), conceitos e frases rígidas de forma a esconder as suas incapacidades e fragilidades e gostam de rótulos, se lhes foram favoráveis e convenientes.
A ideia que só por se ser um determinado Partido, se ser dirigente político ou sindical são os únicos honestos, competentes e trabalhadores não corresponde minimamente à verdade e apenas espelha os perigos de!ssas certezas absolutas que vida desmente!
Eu, sou um homem de esquerda com convicções que acredito num determinado ideal e projecto que tem de ter um instrumento para a sua integração e construção, mas com a clarividência de que nem todos estão sinceramente com esses objectivos, e, desconfio de todos os carreiristas e obedientes que dizem sim a tudo sem pensamento e opinião própria (a não ser para atacar outros com inverdades ou nas suas costas porque sabem que o confronto de ideias e ou dos factos faz cair a mascara).
A vida ensinou – me que a seriedade, lealdade, fraternidade, honestidade e outros pergaminhos humanos que perfilho e, sempre pratiquei, mesmo em prejuízo próprio, se encontram em todos os quadrantes e, muitas vezes, naqueles que perfilhando ideias e perspectivas diferentes, são amigos leais e sinceros, que alimentam essas diferenças, para construírem laços eternos de amizade.
Mais uma vez dissertei ao correr do pensamento e da escrita. Mas é o que me vai na alma, nestes últimos dias, depois de conhecer, ainda melhor, mais alguns procedimentos e comportamentos humanos.
Um abraço solidário aos meus amigos sinceros, que não têm rótulo, nem se limitam felizmente a um dado posicionamento ideológico.
A luta não esmorece, a esperança não morre e a confiança num futuro melhor permanece
Maia, 11,11.2021
António Neto

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