SINAIS DOS TEMPOS
1.
O
PSD pretende no quadro da revisão constitucional dotar o CES – Conselho Económico
e Social e CPCS – Conselho Permanente da Concertação Social de mecanismos constitucionais
de travão à luta social e à autonomia dos Sindicatos a pretexto do “enriquecimento
do diálogo social” reforçando implicitamente o papel dos representantes dos
grupos económicos, do fortíssimo lóbi das IPSS, diminuindo nas matérias
laborais e sociais as atribuições dos deputados na Assembleia da Republica.
Aguardaremos
pela posição do PS
2.
O
actual PSD preconiza, agora, um referendo sobre direitos fundamentais pondo em
causa a legitimidade democrática do Parlamento. Os direitos fundamentais não
são referenciáveis dada a sua complexidade e contingências poderiam abrir
portas a que a opção de uns limite os direitos dos outros. Cabe ao Parlamento
decidir sobre a eutanásia
Mais
um frete do PSD ao partido fascista.
3.
“Em
média no ano passado, um saco de 15 quilos de pellets tinha aproximadamente um
valor de 3,5€. Actualmente cada saco pode chegar aos 10€”
Com
habitações sem o mínimo de aquecimento, factura da electricidade e do gás a
aumentar, os preços da lenha a valer “ouro” o frio “consome” os corpos na indiferença
do sistema capitalista
4.
O
Partido de extrema-direita no Parlamento votou sozinho contra a saudação ao
centenário do nascimento do Prémio Nobel da Literatura José Saramago.
Os
democratas, a cultura e a literatura agradecem a coerência (neste caso) dos deputados
fascistas no Parlamento
5.
A
ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação ao arrepio dos nossos princípios constitucionais
verga-se perante o chefe do partido fascista e interfere na liberdade e nas
opções de humoristas. Nunca esta entidade foi tão zelosa quando nunca se
preocupou com a falta de rigor e imparcialidade jornalística e com o
silenciamento de alguns Partidos de esquerda.
No
mínimo uma descarada falta de sentido do seu papel.
São
sinais preocupantes dos tempos que vivemos. A extrema-direita agradece o
incentivo de algumas entidades que deviam respeitar a CRP e o abraço político do
Montenegro & companhia.
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