"A morte tem as
mãos livres para agir como melhor lhe parecer"
- José Saramago.
Não costumo neste
espaço tratar e retratar questões do foro ou da relação pessoal. Hoje, abro uma
excepção pois tomei conhecimento do falecimento de um amigo e camarada de muitos
anos que admirei a respeitar pela sua lealdade, verticalidade, frontalidade e
solidariedade. Muito mais jovem do que ele aprendi que o respeito pela verdade
e pelos outros deve ser o fio condutor da nossa vida em todas as suas
dimensões.
Como, eu orgulhava-se
de ter amigos de todos os quadrantes políticos sem perder os princípios e o
respeito pela diferença e pluralidade de opiniões. Vieira de Castro era um
lutador, um democrata e um homem de causas. Não posso conter a tristeza imensa
pela notícia da sua partida. Não esquecerei os cafés que tomamos juntos com
outros amigos, as conversas tidas, os jantares fraternos no Porto no Natal de 2009
e no Bar da Quinta da Caverneira também com os amigos de sempre após a minha
saída das lides políticas e autárquicas de muitos anos no Porto.
Recordo porque as tenho,
guardadas, duas mensagens, entre outras, que ficam na memória histórica. Uma
após a minha saída de deputado municipal do Porto (assistia como cidadão a
parte significativa das sessões) e o meu regresso às origens (à Maia) na qual
afirmava " Estou na Assembleia Municipal do Porto...E, no meu espírito, tu
também estás".
Uma outra quando lhe
enviei o "Maia Hoje" jornal que dignifica o nosso Concelho e referiu
" Meu caro Amigo e Camarada, ainda não te tinha agradecido um "Maia
Hoje" e já cá tenho outro. Gosto muito de te ler,
bem como ao meu amigo
Nelson Ferraz. Muito obrigado e um grande abraço do Vieira de Castro."
Ao amigo e companheiro
Vieira de Castro até sempre e nunca esquecerei o que aprendi contigo. A tua
simplicidade e a tua amizade ficarão para sempre
António Neto
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