AINDA A REFREGA ELEITORAL!


          A REFREGA ELEITORAL AUTÁRQUICAS 2013

A leitura nacional das Autárquicas impõe aos perdedores uma analise rigorosa e objectiva dos resultados de modo a retirarem daí as devidas ilações e consequências.
A direita sofreu uma pesada derrota que nem bons resultados, conseguidos pontualmente em alguns Concelhos, pode minimizar. Perdeu, votos, eleitos e câmara! Negar esta realidade é procurar sustentar o moribundo à máquina ou esperar que o "senhor" instalado em Belém - não se sabe bem para quê se não cumpre nem faz cumprir a Constituição" não desligue a máquina com argumentos preocupantes e que demonstram o seu carácter e falta de sentido de Estado. Não é o Presidente dos portugueses mas de uma facção minoritária que sobrevive no poder. apenas com a sua inqualificável ajuda.
O BE perdeu a única Câmara e diminuiu em numero de votos e eleitos. Não pode encontrar a única explicação na falta de tradição autárquica e ou  de implantação local.
Na campanha autárquica  mais do que noutros actos eleitorais o BE è objectivamente silenciado e ignorado porque será sempre uma voz incomoda e diferente nos orgaos autárquicos o que não interessa a quem domina o poder local à muitos anos e àqueles que vivem do voto útil mas que depressa esquecem o seu programa e os compromissos de esquerda assumidos perante os seus eleitores.
As eleições autárquicas tem  especificidades ou variam de localidade para localidade, de freguesia para freguesia o que implica uma campanha de conteúdo forte e de proximidade com as pessoas.Tem de ser compreender - o que nem sempre é fácil  -  os sinais das populações e os pontos fracos e fortes dos outros candidatos e gerar cumplicidades - sempre na base dos princípios e do rigor - entre os candidatos e os eleitores. Há que atender    à entrega muito dirigida dos programas realistas e exequíveis.
O eleitor busca a diferença e se não a conhece ou a conhece de forma distorcida não se poder aspirar a resultados positivos a não serem determinados por outros factores que também influenciam o resultado eleitoral autárquico, em particular, nos grandes aglomerados urbanos.
A comunicação e a imagem constituem uma fonte que bem utilizada estimula  e atraí a atenção dos outros.
Deve-se responder aos adversários com os  argumentos programáticos que fundamentam a candidatura sem descurar outros aspectos importantes na organização e planificação do processo e campanha eleitoral.
Há no caso do BE problemas políticos de articulação e dificuldades em passar a mensagem o que dificulta a cognoscibilidade por parte das pessoas das suas propostas.
O BE tem de repensar a forma de intervir no plano local em toda a sua dimensão e não só apenas perante e no decurso do processo eleitoral.
Há a necessidade de conhecer melhor a realidade local, estimular candidaturas abertas de esquerda, potenciar as caracterisiticas de cada candidato.
O trabalho autárquico è exigente, complexo e difícil mas também aliciante e atractivo porque é acção politica de maior proximidade com as pessoas e aquele que poderá responder de forma imediata aos problemas quotidianos das populações locais.
Já li muitos textos informativos e de opinião sobre as autárquicas/2013, incluindo sobre o Concelho da Maia.
Há quem à direita apenas contabilize juntas ganhas mas de esqueça de mencionar os muitos votos que perdeu no Concelho e que o BE e a CDU cresceram.
Há ainda muita arrogância e falta de respeito por parte da direita que temos de saber responder com elevação e adequadamente.
Na Maia a direita perdeu alguma coisa mas não perdeu o essencial! A esquerda tem de perceber ao valorizar e bem os resultados alcançados através das portas e pontes que podem abrir. Se viverem à sombra dos resultados poderão ter no futuro os dissabores que já tiveram no passado. Eu desejo uma esquerda toda mais forte e reforçada.
É fundamental que se discuta o que resultou, o que falhou, as dificuldades sentidas, as debilidades existentes que impossibili
taram que houvesse ainda mais esquerda na Vereação, na Assembleia Municipal e nas freguesias do Concelho da Maia. 
No plano nacional há que reflectir sobre os níveis de abstenção, a incapacidade para estancar em muitos Concelhos e freguesias o voto útil que por vezes é desviado de quem é consequente na acção politica para quem rapidamente esquece os seus compromissos eleitorais e usa o voto útil no sentido contrário aos seus interesses.
Os resultados eleitorais são uma clara negação ás politicas de direita, demonstram um reforço objectivo das candidaturas independentes, uma recuperação da CDU, mas também são um claro aviso a alguma esquerda que precisa de pensar o que fazer e como fazer para intervir no plano autárquico e fazer passar a sua mensagem.
È preciso mais esquerda a todos os níveis mas temos de repensar as formas de organização e de intervenção.
O trabalho è árduo mas não há que esmorecer. Vamos à luta.
Viva à Republica! Pela reposição do feriado nacional "roubado" pela direita ultrliberal com a bênção do senhor que ocupa Belém...

Maia, 05 de Outubro

ANTÓNIO NETO




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