Fui ao baú dos meus
escritos e repesquei fragmentos de um texto, que escrevi, em 05 de Agosto de
2002, com o título “ A liberdade está primeiro…! Procedi a pequenas alterações
para o contextualizar.
(…)
Embora o conceito de mais-valia, a contradição e a luta de classes continuem
actuais, o rumo do Mundo e a actual situação (…) comprovam, que valerá a pena
analisar, quais os caminhos que a esquerda, terá de percorrer para contribuir
para a transformação do Mundo, contra as desigualdades, as injustiças e por uma
sociedade sem exploradores e explorados.
É,
fundamental que os homens de esquerda compreendam e se apercebam que só podem
contribuir para essa luta, trilhando os caminhos da e pela liberdade, no
respeito da diferença e diversidade de opiniões.
Vale
a pena citar do livro “Se isto é um Homem” do escritor Primo Levi “ A presunção
de que a vida tem uma finalidade está enraizada em todas as fibras do homem, é
uma propriedade da substância humana. Os homens livres dão a esta finalidade
muitos nomes e, sobre a sua natureza muito se debruça, e discutem”.
É,
necessário que os homens de esquerda, como homens livres que o são, se debrucem
e discutam que o homem actual exige um sistema político, que possibilite o fim
das injustiças, dos desequilíbrios (…), das desigualdades, da fome, da miséria,
da guerra que o capitalismo representa! (…) Tal só será possível se, também,
souberem olhar o Mundo e a si próprios com a expressão e sentido de liberdade.
Não
há projecto que vingue, se não mantiver, entre si, laços de fraternidade,
verdade e respeito por si próprios, num espaço de liberdade e pluralismo de opiniões,
sem abdicar dos princípios, mas tendo a capacidade e a vontade politica para os
adaptar, melhorar e alterar para que o projecto continue necessário, vivo e
actuante.
Só
no respeito das pessoas poderemos afirmar universalmente o ideal que o projecto
de mudança consubstancia (…)
05.08.2002
António Neto
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