PENSAMENTO DO DIA

Quatro notícias de imprensa diária que merecem o meu registo e comentário breve

-“Insegurança alimentar afecta 11% dos jovens. Fruta, legumes, carne e peixe e outros alimentos nutricionalmente adequados não estão ao alcance de todos. Estudo retrata dificuldades dos portugueses com 26 anos na aquisição diária de alimentos adequados e seguros. Limitações deixam saúde em risco.
Uma dura e preocupante realidade. Há ainda um caminho longo a percorrer com soluções e respostas que só a esquerda pode dar.
-“Clientes de luz e agua acumulam contratos para fugir a dividas. Saltam de empresa em empresa deixando um rasto de incobráveis” _JN
Pois…. A electricidade e a gás a preços de luxo ( a mais cara da Europa) dão este triste resultado…
-“Lei da Bases da Saúde dez anos de PPP poupam dinheiro ao Estado, mas é difícil avaliá-las. Avaliações feitas não permitem concluir se PP são ou não mais eficientes” _ “Público
Uma noticia feita à medida dos interesses privados, no quadro da discussão do SNS, das posições em sua defesa do BE, PCP, Verdes e de muitos sectores do PS. As contradições do estudo falam por si. Se não se pode avaliar quais os impactos na saúde dos doentes e na qualidade do serviço prestado, como se pode afirmar que se poupa, a não ser há custa da degradação do Serviço de Saúde praticado pelos privados que lucram com o negocio à custa do Estado.
- “Saudita enfrenta pena de morte por se manifestar aos dez anos. É deplorável que Murtaja Qureiris seja executado por crimes que incluem participar num protesto aos dez anos” _ Lynn Maalouf, Directora da AI”_ Público
O terror com a bênção dos EUA/Trump e a cumplicidade da UE

PENSAMENTO DO DIA II

Para quem acha que o discurso pobre, bafiento e salazarento de um tal João Miguel Tavares, no 10 de Junho, foi um bom discurso, apenas algumas citações, sem incluir as referências populistas típicas da direita radical sobre a corrupção e os incêndios
(..). Traçámos planos grandiosos que nunca se cumpriram. Afundámo-nos em dívida. Ficámos a um passo da bancarrota. Três vezes – três vezes já – tivemos de pedir auxílio externo em 45 anos de democracia. É demasiado. (…)
O mesmo discurso poluente da divida sem referir as causas e os responsáveis e os juros agiotas do mercado financeiro (nada o deferência do discurso de Passos e Cristas que destruíram o País e roubaram direitos e cortaram salários e pensões à custa de uma divida gerada pela especulação e pela lógica capitalista)
(…) Ou a vida estará bem mais difícil para um jovem na casa dos vinte anos, que numa economia de baixo crescimento tem de competir com uma geração mais velha já licenciada, integrada num mercado de trabalho rígido, que confere muita protecção a quem tem um lugar no quadro e muito pouca protecção a quem não o tem?(…)
Novos contra velhos e a narrativa falsa de um mercado de trabalho rígido (que trata todos por igual. O Direito do Trabalho é proteger velhos e novos).
“No nosso país instalou-se esta convicção perigosa: um jovem talentoso que queira singrar na carreira exclusivamente através do seu mérito, a melhor solução que tem ao seu alcance é emigrar”
Mérito e talento: - Onde é que eu já ouvi isto?
(…)“Partilhamos uma língua, um país com uma estabilidade de séculos, sem divisões, e é uma pena que por vezes pareçamos cansados de nós próprios. Tivemos História a mais; agora temos História a menos. Passámos da exaltação heroica e primária do nosso passado, no tempo do Estado Novo, para acabarmos com receio de usar a palavra “Descobrimentos”
O 10 de Junho dos meus sogros, que tiveram de fugir de Moçambique em 1975 e reconstruir toda a vida em Portugal com seis filhos para criar, alguns dos quais ficaram dispersos pela família até eles voltarem a ter condições para os acolher.(…)
Resquícios saudosistas salazarentos
É preciso dizer à mãe ou ao pai que se sacrifica diariamente para que o seu filho possa estudar numa boa escola
Pois, o conceito abstracto de uma boa escola(!?)
Apenas algumas citações que confirmam o que defende e ao que vêm, no plano politico, um senhor levado ao colo pelo Presidente. Dispenso mais comentários sobre quem merece pouca atenção, mas que não podemos politicamente menosprezar, em face do mediatismo que lhe é dado. Teve, inclusive, direito no Público a publicação integral da comunicação.
Chega de JMT!
Maia,11.06.2019

António Neto

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