Os directores de informação da RTP numa tentativa de resposta a uma carta oportuna de um conjunto de personalidades sobre a informação, nomeadamente no canal público falam em democracia mas esquecem que é necessário pluralismo informativo e saber distinguir informação da opinião.
O artigo desses senhores da direcção informação do canal
público pago por todos nós publicado no “Público” trouxe-me à memória o livro
de Vicente Romano “A Formação da Mentalidade submissa” do qual cito:
“Sob a cobertura de uma suposta liberdade de expressão, os poucos que dela realmente dispõe, quer dizer, as minorias que detêm os meios para a expressar, tentam moldar sistematicamente as consciências de milhões de pessoas, condenando-as à menoridade intelectual, educando-as para a docilidade, para suportar, sem críticas, o sistema de dominação e exploração vigente, e para considerar como próprios os falsos ideiais desse sistema”.
Não há democracia pluralista na actual RTP. Basta atender
aos comentadores residentes e convidados e o espaço político que representam,
ao recurso aos pensadores de direita do “Observador” (promoção de uma dada
corrente ideológica e não informativa) sem contraponto, à forma tendenciosa e
até descaradamente opinativa como José Rodrigues dos Santos conduz os
telejornais ou como Carlos Daniel conduz as entrevistas.
O pensamento à esquerda está afastado do canal público e
a informação é conduzida com o objectivo ideológico de ataque à actual solução
governativa e aos partidos de esquerda.
A realidade factual informativa (desinformação) da RTP
desmente os senhores directores de informação e o Conselho de Redacção da
RTP-TV
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