ATÉ SEMPRE DIOGO !...
" A morte conhece todo o nosso respeito, e talvez por isso seja triste" - JOSÉ SARAMAGO
Logo pela manha cedo, recebi um triste noticia, que não escondo, deixou que as lágrimas corressem no meu rosto. A morte prematura de Diogo Vasconcelos foi para mim uma dolorosa e inesperada noticia!
Cruzei-me e convive de perto com Diogo no CNE- Conselho Nacional de Educação e no movimento associativo. As viagens conjuntas para as reuniões do CNE permitiu-me perceber a dimensão humana de Diogo Vasconcelos, a sua inteligência e capacidade criativa. As palavras são poucas e sentidas para quem tinha uma cultura e capacidade profissional e intelectual elevadas
Lembro-me dos debates que travamos no "JN" e noutros fóruns sobre as politicas de Juventude e tinha sempre o sentido do equilíbrio, respeito e cordialidade.
Eu, era um dirigente associativo um pouco mais velho, mas para ele o dialogo era entre iguais e as diferenças sumiam-se no prazer da conversa mutua e no dialogo fraterno que sempre pautava a sua postura associativa, cívica e politica.
Percorremos caminhos ideológicos diferentes mas tivemos e mantivemos sempre muitos e importantes pontos de convergência.
Lembro-me da sua passagem pela revista "Fórum" e por outros trajectos que o levaram a patamares mais elevados a nível profissional pelo seu reconhecido mérito e competência.
Nunca esquecerei a sua dimensão humana, o seu carácter de lealdade e a sua forma descomplexada como debatia qualquer tema.
Nesses anos em que eu estava a terminar a minha passagem pela Direcção de uma Juventude Politica e prestes abandonar o associativismo estudantil e Diogo se afirmava pela positiva na vida associativa e politica nunca esqueci essas viagens, as conversas mantidas, os diálogos e debates travados pois nunca deixei de o considerar e estimar.
As ultimas vezes que me encontrei com Diogo ainda tinha funções no Executivo da Junta de Paranhos e as suas palavras cordiais e a sua pergunta amiga e habitual( como vais amigo Neto?) são um marco que não posso esquecer neste momento triste e difícil de ultrapassar.
Diogo tinha muito ainda para dar ao País e quis o destino interromper esta viagem tornando o percurso mais curto.
Não nego que senti profunda dor por uma morte depois de a vida nos ter separado...O Mundo é cruel até na morte porque faz a ceifa quando a seara ainda está a florescer.
Não tenho palavras suficientes para transmitir o que sinto nesta hora difícil para familiares, amigos, companheiros de Partido e de outros campos de pensamento que com ele conviveram em determinados momentos da nossa história recente.
Um até sempre bom amigo Diogo !
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