NOTA DO DIA!

Sobre o sentido de voto na Assembleia da República da Renovação do Estado de Emergência devido à pandemia (COVID19) e das medidas tomadas pelo Governo, quatro notas, antes de uma análise aprofundada do diploma da Regulamentação:

  1. .      Não compreendo o voto contra de Partidos de esquerda contra o Estado de Emergência ao lado da extrema-direita e IL. Em face da gravidade da pandemia exigia-se outro sentido de voto. Sem prejuízo da defesa firme dos direitos sociais e laborais, a luta contra um vírus perigoso e que mata não se compadece com o romantismo e o dogmatismo;

  2.     Não entendo que o Futebol Profissional não seja abrangido pelas medidas de confinamento. O Lobby Futebol mais importante e forte que a cultura;

  3.       Compreendo alguns argumentos para as Escolas continuarem a funcionar, mas gostaria de ouvir e ler uma fundamentação mais clara e objectiva. Uma parte dos pais (que não podem trabalhar) continuarão a deslocar-se às Escolas para ir buscar os filhos e manterão contacto com outros. E, quem protege o pessoal discente e docente (trabalhadores de risco)? Quais as medidas para os proteger? Os alunos mais velhos continuarão a juntar-se podendo afectar pais e avós. Falta uma explicação política atendível e entendível. No quadro da decisão tomada ficam dúvidas a pairar e a ideia de contradições nas medidas tomadas até tendo em consideração a opinião de muitos especialistas da saúde;

  4.    A protecção dos Hipermercados (espaço de concentração excessiva de pessoas e de constante incumprimento de normas da DGS) comparativamente com o pequeno comércio é de todo inaceitável. Há que acautelar os direitos dos trabalhadores das grandes superfícies, são necessárias medidas que os protejam, incluindo, clientes e acções de fiscalização sobre os limites de ocupação, distanciamento e higienização. Normalmente nos hipermercados não  há nenhum controle, desprotegendo-se trabalhadores e clientes e são espaços mais susceptíveis de propagação do vírus que o comércio tradicional, feiras e mercados e até nos cabeleireiros

Maia,13.01.2021
António Neto

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