NOTA PESSOAL (AINDA SEM REFLEXÃO APURADA) SOBRE
AS PRESIDENCIAIS SEM AMARRAS E ESCRITA AO SABOR DO QUE ME VAI NO CORAÇÃO!
Os resultados
das Presidenciais 2021 pautaram-se por um crescimento preocupante do candidato da
extrema-direita e um fraco resultado dos candidatos da esquerda Marisa Matias e
João Ferreira.
A esquerda terá
de reflectir sobre os erros políticos cometidos, as falhas de avaliação, as
respostas a dar e as alternativas apresentar.
As eleições
Presidenciais demonstraram um afastamento significativo dos Portugueses
relativamente à nossa realidade política, descrença na mudança e um sintoma de
descontentamento preocupante de indiferença e resistência ao seu dever de
cidadania.
Há, ainda, uma
configuração à direita que é preciso acompanhar com o crescimento do candidato
do ódio, nomeadamente, em distritos tradicionalmente de esquerda.
As causas desta
realidade devem ser analisadas com profundidade, rigor e sem sofismas.
Há factores a
analisar, como sejam, a demissão do PS nestas Presidenciais, o contexto de
pandemia, a vida difícil de grande parte dos portugueses, a incapacidade de
juntar forças à esquerda, a deslocação de votos contra o medo para Ana Gomes e o
papel da comunicação social na promoção do candidato fascista.
Não considero
que o regime democrático esteja em causa, mas sofre de doença benigna que
precisa de ser tratada e olhada com preocupação e sentido de responsabilidade
pela esquerda para evitar que a extrema-direita continue a cavalgar o populismo
e a mentira susceptíveis em tempos de pandemia, que exige medidas duras, por
vezes, incompreendidas por parte de muitos portugueses.
È, também,
necessário que a esquerda seja capaz de se debruçar sobre os seus próprios
erros e pratica politica de modo adoptar uma solução alternativa consistente e
que seja perceptível pelo eleitorado.
Os
portugueses decidiram em liberdade e temos de encontrar a via que nos permita
acreditar num futuro diferente. Há muita reflexão a fazer, muitos erros a
emendar, muitos caminhos a alterar e muitas vontades a juntar.
Em conclusão
os valores defendem-se com seriedade. A política para se credibilizar tem de
falar verdade e os seus actores terão de agir com respeito pelo sentido e
sinais dados pelos cidadãos.
È nas
derrotas que se vê a grandeza da esquerda e são elas que muitas vezes permitem
apontar caminhos mais ajustados para o futuro.
Que futuro
para a esquerda? Qual o papel a desempenhar? Quais as formas que permitam lutar
por uma alternativa de poder de esquerda?
Avaliar os
erros do passado permite compreender os resultados.
Torna-se
imperioso afirmar o projecto e construir caminhos mobilizadores e catalisadores
para o futuro. Estou disponível para essa reflexão em espaços que à esquerda
permitam o debate de ideias.
Para isso, torna-se
necessário que não haja exclusões, nem processos de intenção.
A situação
Portuguesa é grave e os portugueses ainda não se aperceberam da penosidade e das
consequências do crescimento da extrema-direita.
Uma parte dos
portugueses deixou-se encadear pelo desânimo, descrença e o discurso fácil e
perigoso em tempos difíceis de pandemia que nos afecta a todos.
E outros não
compreenderam nem conhecem no concreto qual o programa tenebroso que enferma extrema-direita
A esquerda
tem de reflectir como poderá mobilizar e colocar o homem no centro dos seus
valores e ideias e tornar, perfilhar e fazer compreende-las de modo a que um
dia essa alternativa seja perceptível, motivadora e mobilizadora.
Com a minha
experiência, as minhas humildes e honestas opiniões contribuirei para o debate
na esquerda e com a esquerda, mesmo com aquela que continua a olhar para o Sol
Nascente e a impor regras que cerceia a criatividade a liberdade de opinião e a
integração daqueles que estão aqui para dar força à luta.
A esquerda
tem futuro. O País precisa de um BE forte, de um PCP renovado e de sectores dos
movimentos populares, sociais, políticos e sindicais.
A luta
continua com humildade e sentido de responsabilidade em defesa de Abril, do SNS;
da Escola Pública, dos direitos laborais e das funções sociais do Estado contra
a politica do medo e destruição do Trumpista português
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