Nota do dia. I
A comunicação social sobre as eleições americanas omite, intencionalmente, cinco factos:
- A história de como nasceu os EUA e as origens das populações;
- Não votaram mais de 20 milhões de eleitores, relativamente às últimas eleições;
- A elevada abstenção com significado político;
- A posição de Kamala Harris de cumplicidade para com o regime genocida de Israel que afastou muitos eleitores e o aparecimento (silenciado) de candidaturas alternativas.
Assistimos a uma desproporcionada e intoxicante atenção informativa que serve o monstro Trump e seus fanáticos e perigosos seguidores na Europa.
Além disso, quem desvaloriza o inimigo (extrema-direita), copia algumas das suas práticas ou normaliza os seus comportamentos de ódio e mentiras é e será engolido....
Nota do dia. II
A propósito da notícia de destaque do "Público" sobre as eleições americanas, que segue, outras linhas editoriais numa clara sobrevalorização da preocupante vitória trampista transcrevo a nota que escrevi.
"O Público não faz jornalismo rigoroso e sério . Apenas três notas:
- Trump foi eleito apenas por 20% dos eleitores;
- Votaram menos 20 milhões de eleitores relativamente às últimas eleições.
Jornalismo de rigor exige mais e não transforma uma vitória de Trump naquilo que não é e esquece que a esmagadora maioria dos eleitores não foi às urnas o que merece a devida reflexão política.
Nota do dia III
Quem ouvir a invisível Ministra dita da Cultura pensa que está a escutar um vazio com olhos para os privados e touradas.
Não conseguiu responder de forma objetiva e séria às questões colocadas pelo PCP, PS, BE, Livre e PAN. Pobre país que tem uma ministra de cultura e um governo, assim...
Pensamento do dia
As eleições nos EUA trouxe - me à lembrança o livro de António Avelãs Nunes "A Europa OTANizada" que estou acabar de ler.
" (...) nos EUA (e em outras partes do mundo), as eleições transformaram-se em negócio eleitoral (um negócio escuro, sem o mínimo de transferência).Os votos são produto de luxo que se compra no mercado dos votos, ao qual não tem acesso os pobres, os trabalhadores e os partidos que os representam, porque não têm dinheiro para comprar votos".
Maia,07.11.2024
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