REPENSAR A MENSAGEM !.. II

" Os muros reais, mesmo os mais espessos, acabam por cair. Difícil é atravessar os muros invisíveis de que os reais são feitos".- EDUARDO LOURENÇO
continuação da reflexão pessoal sobre a mensagem e a imagem...
A imagem parte da premissa de que não quer dirigir-se a ninguém em especial, dirige-se a cada um em particular e ao colectivo (população)...
As imagens têm de ser associadas ao produto (projecto politico/força politica concreta) e são relacionadas simbolicamente pelo consumidor (população) à imagem percebida e pretendida.
A população (povo) procura reforçar a imagem desejada, caracterizada pelos seus atributos sociais (duas imagens distorcem o conceito).
A imagem marca e constitui referencia identidária (duas, sem duvida, confundem, esbatem-se no receptor) na politica e na sociedade marcada, hoje, fortemente pela imagem e publicidade.
A comunicação e a imagem constituem uma fonte de poder porque estimulam e atraem a atenção dos outros e isso deve ser bem utilizado.
Ás vezes a "árvore não deixa ver a floresta" e, neste caso, o preço a pagar pode ser alto. Devemos responder ao adversário com os nossos argumentos, mas tendo em consideração o estilo e a imagem utilizadas, senão sairemos inferiorizados e não seremos notados.
São cada vez mais mais óbvios os problemas de articulação discursiva com a realidade concreta, pois há quem não compreenda que, hoje, também na politica a imagem e o modo de a utilizar conta. E, tais dificuldades contribuem para a discrepância entre a população e os candidatos. Ninguém pode discernir entre o conjunto de informações recebidas e entre imagens duplas e pouco descodificadas. A imagem terá de permitir a cognoscibilidade das pessoas.
O termo "publicidade" em que se enquadra o "MUPI" (mensagem politica) tem de conter um conceito de sedução e atracção que não podemos desperdiçar.
Não há nenhum MUPI (propaganda) sem uma finalidade e terá de ser selectiva face ao efémero e a eficácia imediata...
O conhecimento é sempre activo e exige esforço, mas há quem se tenha perdido no tempo e isso condiciona esta abordagem.
" A inteligência não protege a idiotice" como afirma um celebre investigador espanhol e " o receio de perguntar é um resultado da domesticação".
A comunicação e a imagem são estratégicos nos plano politico e não podemos desperdiçar essa oportunidade.
"A mentira e o engano foram desde sempre consideradas como as mais imorais e perigosas manifestações da esfera politica". E adoptar alguns procedimentos na propaganda é induzir à mentira e ao engano com consequências negativas para os resultados a obter.
As técnicas de publicidade têm de ser atractivas, actuais e que despertem identificação, admiração e afecto dos eleitores cada vez mais "consumidores" de imagens.
Amanha concluirei a reflexão...

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