REPENSAR A MENSAGEM !...III

" Ser criativo significa saber quem somos. A criatividade é jazz sem música. A criatividade é um fluxo de energia. Ser criativo significa ser corajoso" - HUMBERTO ECO
(conclusão da reflexão sobre mensagem e imagem)
O cidadão/eleitor é exposto a um conjunto diverso de propaganda: - a duplicação de imagem confunde-o e não lhe permite distinguir o essencial do acessório. Há um certo simbolismo que atraí o receptor/eleitor. Os eleitores tendem a ter laços mais fortes com a Câmara (órgão que melhor conhecem e que ligam à figura que preside e tem mais visibilidade pública).
Assim é relevante o cuidado da imagem dos MUPIS e de outros instrumentos de propaganda, pois é essencial o estreitamento da relação/reacção do candidato com o eleitor. A propaganda eleitoral é assim, orientada para a busca de contrato de adesão entre o eleitor e o candidato.
Nada nesta matéria pode ser decidido ao acaso e por quem tem uma visão redutora da politica e ainda se comporta, age e reage como se o modo da publicidade e marketing politico descesse a esse nível débil de conceitos e argumentos.
Por isso a propaganda deverá ter em consideração que num caso estamos perante a necessidade de afirmação de um candidato (seja ele qual for) com uma importância, relevância e projecção diferenciada e que visa um objectivo essencial e fundamental à muito não conseguido.
Nestas circuntâncias um MUPI com duas candidaturas em que a menos relevante se sobrepõe à mais significativa politicamente, fragiliza o candidato e retira significado ao papel (Câmara) e ao objectivo central....
Este tipo de concepção, anula um dos objectivos pretendidos..., fere as técnicas de imagem e marketing actuais, mesmo as mais conservadoras e tira eficácia à propaganda. A insistência em determinadas formas de propaganda são resultado de uma certa arrogância, de entendimentos passadistas e ignorantes de alguns salpicados com problemas de egocentrismo afirmativo surpreendente e perigoso de outros.
A propaganda não pode cansar os eleitores e tem de ser agradável, criativa e atractiva, sem pôr em causa os princípios e, adequada nas suas diversas formas a uma realidade em constante mudança, mesmo no contexto da propaganda eleitoral. Os métodos e formas de propaganda do passado já nada dizem aos eleitores, muito menos aos jovens ávidos de outros modos mais avançados e criativos de abordagem,que tenham em consideração os seus problemas, as suas aspirações, as suas apetências e o modo de ser e estar numa sociedade em que o futuro lhes pertence.
Não há nenhuma propaganda sem uma finalidade...quando se perde este fim condutor há desperdício de objectivos, tempo e custos. Este resumo de uma reflexão escrita antes do tempo do tempo veio demonstrar que há razões que os factos no devido tempo demonstram de uma forma inapelável... Sem mais comentários !

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