Comentários pessoais nas redes sobre a posição do Parlamento relativamente aos acontecimentos que tiveram como consequência a morte de Odair Moniz, 43 anos, Cova da Moura, pela Policia e todos os condenáveis atos de violência daí decorrentes.

1.

Felizmente a extrema-esquerda não está representada no Parlamento. No entanto, infelizmente a extrema-direita tem uma forte e preocupante presença parlamentar. Alguns rótulos são apenas argumentos para justificar posições contra a esquerda. Não sabem definir o conceito político de extrema-esquerda. Um curso de ciência política poderia ajudar. A extrema-esquerda opõe-se por razões diferentes ao sistema parlamentar democrático e ao tecido Constitucional. Em Portugal a considerada política e ideologicamente extrema-esquerda não está representada no Parlamento. Infelizmente os fascistas pomposamente tratados de extrema-direita que são contra o atual regime democrático e os direitos, liberdades e garantias estão representados no parlamento. Fomentam o ódio. A esquerda na sua diversidade e opções próprias defende os direitos, liberdades e garantias constitucionais e são contra as políticas de ódio. Uma diferença abismal. O período dos entendimentos à esquerda e as práticas políticas dos partidos de esquerda no parlamento comprovam que lutam em defesa das suas opções programáticas no quadro Constitucional vigente sem ódios e com respeito pela igualdade de direitos a todos os níveis.

2.

Confundir a luta antifascista contra um regime de terror como foi a ditadura fascista e a luta democrática é redutor e pouco sério.

3.

Não assisti a nenhuma intervenção de deputados de esquerda que fosse descontextualizada dos fatos. Há afirmações que me fazem lembrar discursos dos fascistas com assento parlamentar. Repito, nenhum deputado à esquerda se moveu pelo ódio, antes procurou sempre com base em fatos desmontar a lógica dos acontecimentos, motivações e antecedentes. O racismo existe, a infiltração da extrema-direita na polícia é preocupante e real e foram propaladas mentiras, inclusive por alguns canais ditos de informação para "alimentar" a narrativa da direita e extrema-direita.

Maia,25.10.2024

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